Jardins do Monet e Giverny🖼🎨


Ola querido leitor, hoje vou falar de um ótimo lugar para visitar, os Jardins de Monet em Giverny, cidade linda próxima a Paris.

Visitar os Jardins do Monet é entrar em suas pinturas, fazer parte do universo que inspirou Claude Monet, é um passeio indicado para todos, inclusive crianças e idosos.

Para falar desse passeio é essencial falar sobre seu idealizador

Quem foi Claude Monet

Claude Monet (1840-1926) foi um artista francês, considerado um dos maiores expoentes do Impressionismo.


No ano de 1874, seus trabalhos (junto a outros pintores, escultores, entre outros considerados “antiacadêmicos”) foram recusados pelo Salão Oficial dos Artistas Franceses.

A partir daí decidem expor seus trabalhos em um estúdio do Boulevard des Capucines, com o título de Sociedade Anônima dos Artistas; também surgiu um apelido de Salão dos Recusados. Foi nesta exposição que Monet expõe um de seus quadros chamado “Impressão: o sol nascente” – um jornalista em tom de zombaria publica uma matéria chamando-os de “impressionistas”. Dessa forma nasceu o movimento que revolucionou a pintura moderna chamado Impressionismo.

Ainda muito jovem, sua família mudou-se de Paris para a cidade de Le Havre, e Monet já era conhecido pelos retratos que fazia de personalidades da época.


Pouco depois conheceu as gravuras japonesas de Hosuikai e o também pintor Eugène Boudin, duas influências marcantes a estimularem em Monet a colocar a preocupação com os contornos em segundo plano. Nesse contexto a figura retratada em sua arte é manifestada sobretudo através dos contrastes entre a luz e a cor. Outra característica marcante do artista seria o fato de Monet pintar com leves pinceladas formando a imagem.


O inicio da carreira de Monet foi marcado por dificuldades financeiras, entretanto após superar esse obstáculo e obter algum reconhecimento, desde 1883 mudou-se para Giverny onde chegou a ter até seis funcionários para ajuda-lo a cuidar de seu jardim, retratado inúmeras vezes em sua pintura. Inclusive, o artista tem em sua maioria figuras da natureza e paisagens ao ar livre.


Monet casou-se duas vezes, e o retrato de sua primeira esposa Camille é uma das raras exceções onde a figura humana preponderava. Aliás, há relatos de que após o falecimento dela, Monet estava tão sensibilizado que teria visto nela “alguma beleza” e a retratou também neste momento.

Durante sua carreira, freqüentou a Academie Suisse, onde conhece Pissarro, amizade que manteve por toda a vida, e o de Charles Gleyre, onde teve contato com Renoir, Sisley e Bazille.

Joe Fig, The 1868 Salon Newcomers – Da esquerda para a direita: Frederic Bazille, Claude Monet, Jean Francois Millet, Pierre Auguste Renoir, Edouard Manet, Edgar Degas .

Um dado curioso da vida do pintor foi que sofreu de catarata, e isso influenciou temporariamente as cores de seus quadros, ele chegou a evitar a cirurgia por algum tempo, temendo perder a visão definitivamente, e após ceder a necessidade da intervenção e operar-se Monet pintou novamente a ponte japonesa ao se dar conta de que a visão real do lugar era diferente da que retratou enquanto sofria as limitações da doença.


Entre os anos de 1900 a 1926 trabalha na série “Nymphéas”, em 19 painéis, oferecidos ao governo francês e colocados na Orangerie, no Jardin des Tuilleries, Paris.



Monet permaneceu em Giverny até o fim da vida. Ele morreu em 1926, na França, deixando um grande legado artístico.

Principais obras do artista Claude Monet:

  • Estuário do Sena
  • Impressão: Nascer do Sol
  • Ponte sobre Hève na Vazante
  • Camille
  • O vestido verde
  • A floresta em Fontainebleu
  • Mulheres no Jardim
  • Navio deixando o cais de Le Havre
  • O molhe de Le Havre
  • Ninpheias





A Casa do Monet

Em Giverny, a 75 km de Paris, encontra-se a casa onde morou Monet por 43 anos, entre 1883 e 1926. É um passeio maravilhoso, sobretudo na primavera.

Até os anos 60 Giverny estava abandonada e quase caindo aos pedaços, até que finalmente os herdeiros de Monet doaram a propriedade ao Governo da França e criou-se uma fundação para restaurar o local e abrí-lo ao público.


No passado Giverny e Vernon, a cidadezinha ao lado, foram ponto de encontro dos pintores impressionistas vindos dos Estados Unidos para estudar e aprender com Monet. Havia uma pensão no local onde eles se instalavam mas muitos acabaram sendo convidados por Claude e Alice para visitarem Giverny e muitos acabaram também comendo por lá.



Monet adorava seu jardim mais que tudo, cuidava dele com um zelo e um mimo de quem se dedica a uma criança. Durante suas viagens ele escrevia à Alice pedindo notícias do jardim, dando conselhos caso o tempo esfriasse, que ela fizesse buquês de crisântemos para a sua chegada caso houvesse uma geada.

Louis Gillet disse à respeito do jardim:

C’est l’été qu’il fallait le voir, dans ce fameux jardin qui était son luxe et sa gloire, et pour lequel il faisait des folies comme un roi pour une maîtresse.”

Pelo seu jardim Monet fazia loucuras como um rei à sua amante … Um jardim para ser visto no verão, segundo Gillet.


Mas Monet sabia que nem só de verão vive o artista, por isso seu jardim era organizado de tal forma que a ter pontos de interesse em todas as estações do ano.



A sala de jantar, pintada em tons vibrantes de amarelo e azul, era extremamente moderna para a época. Nas paredes, estampas japonesas de Utamaro, Hokusai e Hiroshige.

Monet e Alice tinham dois jogos de porcelana, ambos desenhados por Monet. O primeiro, com motivos japoneses, era uma homenagem de Monet aos seus amigos do Japão. Muitos deles vinham diretamente do Japão comprar suas obras e ficavam por lá para as refeições. Essa porcelana era usada no dia-a-dia e o outro, mais sóbrio e clássico, amarelo e azul como a sala de jantar, era usado principalmente nos dias de festa: Natal, aniversários e casamentos.


Alice usava esse segundo jogo quando os amigos e clientes japoneses vinham visitá-los pois Monet temia chocá-los com a outra porcelana, muito decorada para o sóbrio gosto japonês. Completavam a mesa talheres de prata com cabos de marfim, de desenho sóbrio e atemporal, toalhas de linho branco bordades, cristais delicados, e flores, é claro.

Ao lado da sala de jantar encontra-se a cozinha.

Recoberta de azulejos azuis, com um imenso fogão – pelo qual imagina-se os almoços e jantares – panelas de cobre, uma grande pia onde eram preparados não só os vegetais da horta próxima mas também os buquês que Monet tanto amava e que sempre decoravam sua mesa.  Ar e luz em abundância. A casa de Monet é o reflexo do artista em cada pequeno detalhe.



Na casa Monet tem  uma sala e ainda reservou um grande espaço para o ateliê.






No andar de cima você vai encontrar os quartos reconstruídos. O de Claude Monet em primeiro lugar, com, paredes, reproduções de pinturas impressionistas contemporâneas.


Mas também os de sua segunda esposa, Alice Hoschedé e a filha desta, Blanche Hoschedé.


Monet construiu em sua casa seu pequeno paraíso, no jardim construiu o lago que receberia seus famosos nenúfares, ninféias e a ponte japonesa.


Meus Pais Fausto e Simone


Lá, realizaria suas fantásticas séries de pinturas, onde os objetos que se repetiam não importavam muito: a impressão de cada momento causada ao pintor, fosse pela luz do sol, pelas sombras, reflexos ou vento, era o principal elemento transportado para as telas.


Monet viveu até os 86 anos, e está enterrado no jardim de sua propriedade.


Outros Museus Impressionistas 

Para conhecer realmente a obra de Monet e os demais pintores impressionistas programe uma visita ao Museu Orangerie,  Museu D’Orsay e o Museu  Marmottan, você vai amar, pois são fantásticos!



À mesa com Monet

Reunindo histórias curiosas, receitas e lindas fotografias, À Mesa com Monet revela a intimidade familiar e os segredos culinários do Pintor.

Certamente todos já ouviram falar de Claude Monet, dos jardins da casa de Monet e as famosas ninféias, mas o que muita gente não sabe é que o pintor gostava de boa comida e era exigente com os produtos que eram servidos à sua mesa e ele sabia como poucos plantar e colher o melhores ingredientes.

É exatamente sobre isso que trata o livro “À Mesa com Monet”, com texto de Claire Joyes (traduzido por Ana Maria Sarda e Maria Cecília d’Egmont) e fotografias de Jean-Bernard Naudin. É um livro pra quem gosta de arte, de comida e de fotografia. Numa edição lindíssima, a autora conta a história gastronômica de Monet.


O livro fala do casamento com Alice e a mudança para Giverny onde o pintor vai transformar uma casa antiga e plantar o famoso jardim. Numa leitura leve é possível ver a preferência do pintor por colher os alimentos numa horta onde planta diferentes sementes vindas de diversos lugares do mundo. Monet apreciava os alimentos frescos, as caças, os doces… Praticamente tudo o que comiam era produzido por eles.


Monet mantinha uma horta espetacular, digna de Roger Vergé e do seu Moulin de Mougins. Tudo o que a cozinheira da família Monet-Hoschedé precisava para preparar as sopas e caldos que apareciam todos os dias à mesa estavam ali, ha alguns passos da cozinha. Havia também uma “basse cour” com os seus frangos, galinhas e patos. Os peixes eram pescados nos rios e riachos das redondezas. Produtos mais raros vinham de Paris ou de outros países.


Monet era de uma pontualidade britânica, especialmente à hora das refeições. Como ele se levantava muito cedo para aproveitar ao máximo a luz natural , o almoço era sempre por volta do meio-dia. As refeições começavam com uma sopa leve: sopa de alho, caldo de ervas, etc. Outras vezes era o caldo do pot-au-feu (cozido) da véspera que se transformava em sopa. Depois vinha um peixe, pescado nas redondezas e fresquíssimo ou uma ave do galinheiro ou uma carne. As sobremesas eram em geral simples: tortas, frutas e queijos. O mais importante: cada produto era consumido na sua estação, no melhor da sua forma.


Aspargos na primavera, tomates em pleno verão, uvas, peras e maçãs no outono. No Natal Monet fazia vir um imenso pâté de fois gras de Strasbourgh, queijos finos, chocolates. Como sobremesa, um sorvete de bananas, consideradas exóticas naquela época.
Monet adora o café da manhã no estilo do English breakfast. Ovos, queijos, frios, pães, chá ou café faziam parte da sua refeição matinal. No chá da tarde apreciam novamente influências inglesas, como bolos e biscoitos tradicionais da ilha. Os amigos que frequentavam os Monet também ajudavam a variar o cardápio: muitas receitas do caderninho de Alice lhe foram ditadas por visitantes ilustres.

A mesa de Monet era exatamente como suas obras, de uma aparente simplicidade mas de execução minuciosa e difícil, em geral com pratos típicos da cozinha familiar francesa, que outrora era chamada de “cozinha burguesa”.


Sua casa era palco para vários encontros, desde os interessados por comprar sua arte, aos amigos artistas. Todos sempre recebidos com boa comida.

Segue uma receita  especial, um bolo para a hora do chá. Super fácil de fazer!

Pão de ló de Gênova – Pain de Gênes


Ingredientes

  1. 125 g de manteiga à temperatura ambient
  2. 300 g de açúcar
  3. 5 ovos
  4.  275 g de amêndoas
  5. 2 colheres de sopa de quirche
  6. 100 g de farinha de trigo

Preparo

  1. Unte com manteiga uma forma raza de 20cm de diâmetro.
  2. Ligue o forno em temperatura média.
  3. Ponha a manteiga em uma tigela, acrescente o açúcar e bata até obter uma massa cremosa
  4. Adicione os ovos um a um, batendo bem depois de cada adição.
  5. Misture as amêndoas e o quirche.
  6. Acrescente a farinha e bata bem
  7. Despeje a massa na forma e asse durante 40 minutos ou até dourar.


Como ir a Giverny 

  • O trem do Impressionismo

A partir de abril até o mês de setembro, quando termina a alta temporada na França, o trem vai ligar Paris a Giverny, cidade onde Claude Monet, um dos maiores representantes do Impressionismo, morou e pintou importantes quadros, como as famosas ninfeias.


O trem regional que vai circular apenas nos finais de semana é decorado com reproduções de quadros de Claude Monet e Camille Pissarro.


Os trens partem sempre às 11h00, no sábado ou domingo, como volta prevista às 18h53

  • Trens diários

Na estação Saint Lazare, compre uma passagem para a cidade de Vernon (verifique horários e preços no site Voyages-SNFC) e desça nessa cidade.

A distância entre Vernon e Giverny é de 7 km. Você tem várias opções para este percurso:

  1. pegar um ônibus especial que sai à cada 15 minutos da estação de trem de Vernon e vai até Giverny
  2. Pode pegar um taxi

Contato e demais informações logo abaixo:

Endereço : 

84 Rue Claude Monet, 27620 Giverny

Onde comprar o ticket:
No site oficial da Fondation Claude Monet ou na entrada da Casa

Preço:

  • Normal: 10,50 €
  • Crianças:  7 a 18 anos 7,50 €
  • Estudantes: 7,50 €

Horário de funcionamento:
Todos os dias de 25 de março até 1° de novembro de 2016, das 09:30 às 18:00

Bem amigos, espero que tenham gostado das informações!

Bisous e Au revoir
Fontes utilizadas nesse artigo:

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Um comentário sobre “Jardins do Monet e Giverny🖼🎨

  1. Pingback: Casa do Monet em Argenteuil 🌻 – Blog da Vanessa Geraldeli 🌻

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