Siamo tutti buona gente!🇮🇹🍷

Se hoje moro na Europa tranquilamente, devo a esse povo guerreiro e trabalhador, esse sangue italiano hoje é a minha salvação para viver legalmente aqui fora. Infelizmente ou felizmente, qdo mostro meu passaporte italiano o tratamento é outro, não que me desrespeitassem quando não o tinha, mas antes sempre era parada no aeroporto, interrogada, abriam minha mala, era uma tensão, pois mulher solteira, sem filhos, brasileira e viajando sozinha abria margem para muitas interpretações, no mínimo achavam q eu não estava só de passagem pelo país, e que na verdade queria me estabelecer ali.

Hoje tudo mudou, mostro o passaporte da alegria e já vou passando! ☺️

Em Nova York a funcionária americana que analisou meu passaporte, uma negra linda de cabelos loiro platinado que chamava atenção há 10 metros de distância, comentou que eu estava muito melhor hoje do que na época que fiz a foto do passaporte, aí com um sorriso de orelha a orelha eu respondi: são 10 kg a menos de 2 anos pra cá, Baby!

Ela que era gordinha, arregalou os olhos e perguntou: Como?????

Eu respondi que basicamente eu saí da casa dos meus pais e fui morar na França, parei de comer aquele tanto de comida que só tem em casa de mãe e comecei a andar a pé, isso me ajudou muito!

Isso nos EUA, aonde eles são super desconfiados, perguntam tudo, só faltam pedir carteira de vacinação, mas com meu passaporte me perguntou apenas o que fiz pra emagrecer! 😂

Pois bem, essa foto antiga mostra “lá mia famiglia”.A mais idosa da foto é minha Bisa Filomena, italiana bravinha que se casou com meu Biso Vitorio, italiano intenso e com coração enorme.

Eles vieram de Rovigo, na Italia com cerca de 2 anos de idade, vieram de navio, viagem difícil, meu bisavô chegou a perder um irmão na viagem e seu corpo foi jogado no mar, cresci ouvindo essa história. Como milhares de italianos, nossa família veio trabalhar na lavoura de café, já crescido meu bisavô Vitório teve um burrinho e uma carrocinha, aonde trabalhou muito.

Ele se casou com a Vó Filomena, juntos formaram uma família e meu querido avô Fausto, que é esse bonitão de terno e gravata, se casou com minha Vó Aracy, meiguice em pessoa, mas muito dinâmica e forte.

Eles tiveram a farmácia Nacional em Varginha e dessa farmácia tiraram o sustento da família, criaram 4 filhos com muito suor. Esse sangue italiano duplo, tanto de bisavó quanto de bisavô é um motivo de orgulho pra nossa família, esse sangue italiano não me deu apenas um passaporte, me deu intensidade, garra, coragem, persistência e muito mais, somos capazes de chorar ouvindo uma música, assistir a um filme, chorar de saudade, de tristeza, ao ouvir uma história, mesmo que seja pela milésima vez, sendo ela verdadeira e intensa, nós vamos chorar, brigamos chorando e fazemos as pazes chorando, choramos com injustiça, mas muitas vezes vejo a italianada gritando e brigando com a TV ao ouvir as notícias, nessa hora eu choro de rir deles!

Eu adoro a união da família, quando nos reunimos todo mundo quer falar ao mesmo tempo, gritaria enorme, são muitos gestos misturados com palavras, e claro, muito amor e muita comida! São 3 sobrenomes italianos na minha família: Magagna – Guidi – Geraldelli, ou seja, muita mistura italiana, perfetta confusione! 🙄

O de camisa listrada é meu Pai❤️.Na foto ainda tem o Tio Zezé Jose Santana, Tia Vicentina, Tio Armando, Tio Betinho Edilberto Geraldelli , Ieda Maria Santana Pereira e Tia Paulina.

Pra resumir, siamo tutti buona gente!🇮🇹🍷

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